terça-feira, 12 de maio de 2020

FINALMENTE LI "A RAINHA VERMELHA"

"VEJO UM MUNDO NA CORDA BAMBA. SEM EQUILÍBRIO, ELE CAI"


Editora: Seguinte | Páginas: 399 (ebook) | Ano: 2015 | 1ª Edição | Ação e Aventura

    A Rainha Vermelha (Red Queen no original) é o primeiro de uma série de livros da autora norte-americana Victoria Aveyard. Lançado em 2015, é o livro de estreia da escritora e foi traduzido para 41 idiomas e arrebatou milhares de leitores desde sua publicação.

    Acompanhamos, a partir do livro, a trajetória de Mare em um mundo dividido em que vermelhos são subjugados, enquanto prateados detém o poder, não só da sociedade, mas também em diversas manifestações de dons extraordinários que vão desde manipulação de fogo à própria manipulação mental. Nesse cenário, Mare é uma vermelha que vive à sombra do momento em que será recrutada para o exército, assim como seus irmãos mais velhos. Entre tentar evitar o recrutamento de seu amigo mais próximo e, também, o próprio, Mare se vê em meio  a prateados e todo o seu sistema de governo que vem sendo ameaçado por ataques rebeldes de vermelhos que se denominam Guarda Escarlate. Como se não bastasse, Mare descobre poderes que não deveriam ser dons de vermelhos e isso pode ser a sua ruína. 


    Preciso ser honesta e dizer que não li A Rainha Vermelha antes por puro receio, talvez ciúme, de que fosse apenas uma nova versão de A Seleção (Kiera Cass).Tive uma surpresa agradável ao descobrir que apesar das comparações e das semelhanças - comuns em distopias - os livros não tem nada de muito igual, além da luta por uma sociedade mais justa. Não posso deixar de notar que as questões de igualdade pautadas pelo livro são muito atuais e uma reflexão necessária, principalmente nesses tempos de pandemia em que as desigualdades sociais ficaram ainda mais evidentes.
  Victoria Aveyard traz uma leitura magnética, os acontecimentos seguidos e surpreendentes me fizeram querer devorar cada página, buscar as respostas para o inesperado que me aguardava no próximo capítulo. Há uma sequência de ação e toda a revolta da personagem principal não desaparece apenas por estar entre os prateados, na verdade, ela cresce e Mare vai mostrando o quanto é forte e não tem medo de erguer a sua voz. Para os que esperam romance, mesmo que ele esteja presente, não é o foco dessa leitura e é isso que mais o diferencia de A Seleção, pois, enquanto este foca no desenvolvimento do relacionamento de America e Maxon, A Rainha Vermelha foca na revolução. 
   Por fim, relembrando algumas críticas, muitos disseram que o livro é fraco em ambientação e peca em faltar com detalhes descritivos. De fato, a narrativa não é carregada de muita descrição, no entanto, considerei um ponto forte por deixar espaço para que o próprio leitor construa a sua imagem daquele universo e seus habitantes. Outro tópico que me atraiu na leitura foi o desenvolvimento de subtramas que transitam entre o relacionamento da rainha com os filhos, dos filhos entre si, o questionamento acerca das casas que compõe o círculo social dos prateados e a própria Guarda Escarlate, que vai ganhando mais espaço enquanto avançamos na leitura.  Para quem procura uma leitura fluída, dinâmica, com bastante ação, A Rainha Vermelha é indispensável. 


Um comentário:

  1. Excelente resenha!! Estou super ansiosa para ler esse livro!😍😍😍

    ResponderExcluir

Comentários preconceituosos, desrespeitosos ou que apresentem qualquer tipo de postura agressiva serão deletados.