quarta-feira, 27 de maio de 2020

EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS, Clare Vanderpool

"Minha mãe tinha razão. Nossas vidas são todas entrelaçadas. É só uma questão de ligar os pontos."


     Fazia um tempo que eu queria adquirir uma obra publicada pela Darkside porque, vamos falar a verdade, as edições são todas maravilhosas. Em Algum Lugar nas Estrelas é um livro tão bonito, visualmente, que arranjei um lugarzinho especial para ele na minha estante. Uma verdadeira obra de arte que me surpreendeu desde a capa e ilustrações lindas, à qualidade do material das páginas. Dá pra sentir o amor com a obra e isso faz a leitura ser ainda mais agradável. 

Editora: Darkside | Páginas: 288 | Ano: 2016 | 1ª Edição | Aventura e Fantasia | Capa Dura

    O livro conta a história do menino Jack que, ainda sofrendo pela morte da mãe, vai viver em um internato enquanto seu distante pai cumpre suas missões na marinha durante a segunda guerra mundial. Jack tem algumas dificuldades de adaptação que o levam a se aproximar de Early, um menino estranho que não comparece às aulas que não o interessam e que conta uma história através do número Pi. As histórias de Early vão muito além do que       Jack imagina e logo os dois partem em uma aventura repleta de emoção e imaginação. 
A leitura desse livro me aqueceu o coração. É lindo o desenrolar da amizade de Jack e Early e a maneira como Jack vai aprendendo a respeitar as peculiaridades da personalidade de Early e também o modo de lidar com essas estranhezas. É uma verdadeira lição de respeito e tolerância para uma sociedade que mais exclui do que aproxima.

   Um alerta: não espere uma narrativa extremamente realista, o livro permite uma liberdade imaginativa muito grande e em vários momentos me questionei se a situação estava mesmo acontecendo ou era fruto da imaginação dos garotos. 

    Eu não poderia recomendar menos essa obra. É o tipo de livro que deveria reunir a família e os amigos para conhecer junto, se encantar junto. Nem mesmo tenho palavras para descrevê-lo completamente, é necessário sentir para entender. 

Fiquem com algumas imagens dessa edição maravilhosa
Um beijo e até a próxima!!!


 








sexta-feira, 22 de maio de 2020

Cinco livros em Cinco dias: é possível?

Essa semana decidi reativar e atualizar o meu perfil no Skoob e percebi duas coisas: 

1º: Eu cheguei a ler 150 livros em um ano; 

2º: Nas férias eu costumava ler um livro por dia; 

Pensando nessas duas coisas e na dificuldade que eu tenho encontrado em retomar o meu hábito de leitura depois da faculdade (que foi o que mais me afastou dos livros), decidi me desafiar a ler 5 livros em cinco dias e, sim, foi possível! Estou muito feliz de ter descoberto, hoje, que já sinto falta da leitura quando demoro muito a pegar uma nova obra e que o meu tempo lendo foi muito mais produtivo e satisfatório do que as horas que eu vinha passando nas mídias sociais. Sem mais delongas, vamos aos livros: 

TODOS NÓS VEMOS ESTRELAS: Trombei com esse livro no Amazon Prime de maneira completamente aleatória e decidi dar uma chance. A narrativa é sobre uma garota reclusa no mundo dos livros que acaba vivenciando diversas situações ao lado do personagem do seu livro favorito. Fiquei um pouco decepcionada com a leitura porque o livro tem um grande potencial que não é muito aproveitado. As referências às sagas famosas são um ponto alto.

 

VERITY: Já saiu resenha no Blog sobre a obra de Collen Hoover e devo dizer que Verity foi uma das melhores leituras dessa semana. Me senti eletrizada o tempo todo acompanhando a trajetória de Lawer enquanto ela descobria os segredos em torno de Jeremy, sua esposa e as misteriosas perdas pelas quais passaram


EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS: Esse foi o livro mais lindo que tive o prazer de ler nesse desafio. É Encantador observar o desenrolar da amizade dos meninos Jack e Early e perceber as nuances da personalidade de Early e o que elas significam. Além de ser uma aventura (meu gênero preferido), o trabalho da Editora Darkside foi incrível, tornando o livro uma verdadeira obra de arte.


OS 12 SIGNOS DE VALENTINA: Divertido, Clichê, Leve. Esse livro foi a melhor escolha possível para uma quinta feira em que eu já estava um pouco cansada de tanta leitura (to desenferrujando). A autora traz uma narrativa agradável e o desenrolar de um romance que acaba se mostrando bastante maduro. De maneira sutil, insere algumas reflexões importantes para os dias atuais e isso não tira a leveza do livro em momento algum. 


TUDO E TODAS AS COISAS: Esse é um livro que me impressiona pela maturidade da personagem principal em aceitar as limitações que a sua doença a impõe. Claro que o romance com Olly é a coisa mais doce que se poderia esperar do primeiro amor de uma garota que nem mesmo tem contato com o mundo externo à sua bolha, mas o final me arrasa. Teria sido mais emocionante se eu não tivesse visto o filme antes, mas ainda assim, uma leitura maravilhosa para fechar uma semana tão cheia. 


E aí, topa o desafio? 
Um beijo e até semana que vem!

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quarta-feira, 20 de maio de 2020

VERITY, Colleen Hoover


Editora: Galera Record | Páginas: 320 (eBook) | Ano: 2020 | 1ª Edição | Suspense | +18

Primeiramente, precisamos alertar que esse é um livro de classificação +18. Ou seja, se você é menor de idade, pare por aqui e siga para outras leituras divulgadas no blog.

    Verity é um New Adult da autora Colleen Hoover, famosa por escrever romances com uma temática mais hot e voltada para um público mais velho. Essa obra, no entanto, não se trata de um simples romance. Hoover se aventurou e trouxe um suspense intenso e enigmático para rechear as 320 páginas que devorei em poucas horas. O livro conta a história de Lowen, uma escritora pouco conhecida que é contratada para finalizar a série de livros muito famosa escrita por Verity antes que ela sofresse um acidente que a deixa debilitada e impossibilitada de seguir com as publicações. Lowen, então, passa um tempo na casa da autora tentando desvendar seus planos para as sequências dos livros e, enquanto se vê envolvida por Jeremy, marido de Verity, suas descobertas vão muito além da ficção e ela se dá conta de que o mistério em torno da família é muito maior do que ela imaginava. 
    Minha interação com Verity foi de vício. Não consegui largar o livro desde o momento em que comecei a leitura até a finalização e isso se deve, com toda certeza, à escrita maravilhosa de Collen Hoover. Sua narrativa é fluída e envolvente, fazendo com que cada página seja intrigante. Apesar disso, achei o casal principal pouco interessante e com um desenvolvimento fraco, sem muita química. No entanto, isso não torna a leitura menos agradável, uma vez que o ponto alto do volume são os capítulos do manuscrito em que vemos a história pelo ponto de vista do vilão, o que foi extremamente estimulante e também perturbador. Sim, perturbador. Várias emoções são despertadas durante a leitura e, em alguns momentos, senti a necessidade de fechar o livro e dar uma respirada antes de seguir em frente. 

     Quando achamos que acabou...

    Finalmente, chegando perto de encerrar o livro, respiramos com alívio, aquela satisfação comum de ver o personagem terminando sua jornada. Mas não acabou. Honestamente, eu já esperava que o livro finalizaria com um Plot Twist, mas, com certeza, não imaginava algo tão perturbador como o que foi proposto pela autora. Por fim, fica o questionamento: Qual é a verdade?





terça-feira, 12 de maio de 2020

FINALMENTE LI "A RAINHA VERMELHA"

"VEJO UM MUNDO NA CORDA BAMBA. SEM EQUILÍBRIO, ELE CAI"


Editora: Seguinte | Páginas: 399 (ebook) | Ano: 2015 | 1ª Edição | Ação e Aventura

    A Rainha Vermelha (Red Queen no original) é o primeiro de uma série de livros da autora norte-americana Victoria Aveyard. Lançado em 2015, é o livro de estreia da escritora e foi traduzido para 41 idiomas e arrebatou milhares de leitores desde sua publicação.

    Acompanhamos, a partir do livro, a trajetória de Mare em um mundo dividido em que vermelhos são subjugados, enquanto prateados detém o poder, não só da sociedade, mas também em diversas manifestações de dons extraordinários que vão desde manipulação de fogo à própria manipulação mental. Nesse cenário, Mare é uma vermelha que vive à sombra do momento em que será recrutada para o exército, assim como seus irmãos mais velhos. Entre tentar evitar o recrutamento de seu amigo mais próximo e, também, o próprio, Mare se vê em meio  a prateados e todo o seu sistema de governo que vem sendo ameaçado por ataques rebeldes de vermelhos que se denominam Guarda Escarlate. Como se não bastasse, Mare descobre poderes que não deveriam ser dons de vermelhos e isso pode ser a sua ruína. 


    Preciso ser honesta e dizer que não li A Rainha Vermelha antes por puro receio, talvez ciúme, de que fosse apenas uma nova versão de A Seleção (Kiera Cass).Tive uma surpresa agradável ao descobrir que apesar das comparações e das semelhanças - comuns em distopias - os livros não tem nada de muito igual, além da luta por uma sociedade mais justa. Não posso deixar de notar que as questões de igualdade pautadas pelo livro são muito atuais e uma reflexão necessária, principalmente nesses tempos de pandemia em que as desigualdades sociais ficaram ainda mais evidentes.
  Victoria Aveyard traz uma leitura magnética, os acontecimentos seguidos e surpreendentes me fizeram querer devorar cada página, buscar as respostas para o inesperado que me aguardava no próximo capítulo. Há uma sequência de ação e toda a revolta da personagem principal não desaparece apenas por estar entre os prateados, na verdade, ela cresce e Mare vai mostrando o quanto é forte e não tem medo de erguer a sua voz. Para os que esperam romance, mesmo que ele esteja presente, não é o foco dessa leitura e é isso que mais o diferencia de A Seleção, pois, enquanto este foca no desenvolvimento do relacionamento de America e Maxon, A Rainha Vermelha foca na revolução. 
   Por fim, relembrando algumas críticas, muitos disseram que o livro é fraco em ambientação e peca em faltar com detalhes descritivos. De fato, a narrativa não é carregada de muita descrição, no entanto, considerei um ponto forte por deixar espaço para que o próprio leitor construa a sua imagem daquele universo e seus habitantes. Outro tópico que me atraiu na leitura foi o desenvolvimento de subtramas que transitam entre o relacionamento da rainha com os filhos, dos filhos entre si, o questionamento acerca das casas que compõe o círculo social dos prateados e a própria Guarda Escarlate, que vai ganhando mais espaço enquanto avançamos na leitura.  Para quem procura uma leitura fluída, dinâmica, com bastante ação, A Rainha Vermelha é indispensável.