Mostrando postagens com marcador Livros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Livros. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

A VIDA INVISÍVEL DE ADDIE LARUE, V.E. Schwab

“Mas é assim que você caminha até o fim do mundo. É assim que você vive para sempre. Aqui está um dia, e aqui está o próximo, e o próximo, e você pega o que pode, saboreia cada segundo roubado, agarra-se a cada momento, até que acabe.”



























Sinopse: França: 1714. Addie LaRue não queria pertencer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.
Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre ― apesar de fadada ao esquecimento ― até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.
Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz. Ele enuncia cinco palavras. Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo: Eu me lembro de você.

Sempre que falamos sobre livros hypados esbarramos na dificuldade de tecer uma opinião que não seja, em grande parte, influenciada pelas opiniões de outras pessoas.  Addie LaRue chegou a mim como um livro muito criticado e abandonado com os argumentos de narrativa lenta. Preciso concordar que não é o tipo de livro que devoro em poucos dias, mas isso não quer dizer que seja um ponto negativo. 


A narrativa de V. E. Schwab tem um tom um tanto poético. De início, o desespero de Addie pela liberdade e para não se ver presa a um casamento e uma vida que nunca desejou é muito palpável, assim como a sua melancolia constante após o pacto que a coloca como alguém que, de várias formas, nem existe. As relações que a protagonista constrói com as sombras e com Henry me pareceram muito como dois lados de uma mesma moeda. Luc a acompanha durante séculos e Addie cria um tipo de laço porque ele é o único que se lembra dela. Da mesma maneira, quando conhece Henry, fica subentendido o tempo todo que a personagem amava mais a ideia de ser lembrada do que a ele. É óbvio que as personalidades são completamente diferentes Henry, apesar de ter seu próprio mistério, é adorável, inteligente e muito humano, em um sentido amplo da palavra. Luc é manipulador e perigoso, vestindo uma máscara de sedução e carisma para conseguir fazer com que Addie se renda a seus termos. 

O romance, no entanto, foi o que menos me interessou na história. A autora consegue despertar no leitor a reflexão constante sobre a condição de Addie. Gostei demais de tê-la retratado como inspiradora de várias obras artísticas ao longo da História e de introduzir esse questionamento de que a inspiração, as ideias são mais fortes do que simples imagens e memórias. A própria História da humanidade fica como ponto de reflexão, uma vez que o que sabemos hoje foi registrado de alguma maneira, mas há um tanto de vida, talento e beleza que já passou pela Terra e nunca saberemos, pois não deixou sua marca. 

Talvez o detalhamento da ambientação e dos pensamentos de Addie seja o que faz muitos desistirem da leitura e acharem cansativa. Para mim, essa é uma das grandes qualidades do livro e a dedicação que Schwab colocou na escrita é o que o torna único. 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Minha experiência com Acotar

Quando comecei no Bookstagram, Acotar era a série do momento. Era difícil rolar os stories sem ver gente falando sobre o quanto amavam os livros e o quanto a escrita de Sarah J. Maas era sensacional. Algumas poucas páginas foram suficientes para me convencer de que Sarah realmente tem uma escrita com um toque de feitiçaria, que prende o leitor e impulsiona na obsessão de descobrir o novo universo que se estende bem à frente em um emaranhado de palavras. Porém, após ler os três livros que, originalmente, compõem a história de Prythian, cheguei à conclusão de que para dizer que gosto da trilogia, preciso fingir que o primeiro livro não existe.

Classifiquei A Corte de Espinhos e Rosas com duas estrelas e meia. Achei boa parte do livro muito morna e a relação de Feyre com Tamlim muito artificial. Considerando que esse primeiro volume gira em torno disso, a leitura poderia ter sido arrastada, não fosse a escrita da Sarah me impulsionando a querer descobrir mais sobre pequenas informações escondidas dentro do drama do casal. Para mim, a vilã foi desperdiçada. Todo o medo que criam em torno dela culmina em uma personagem caricata e pouco crível, que por vezes tem falas que soam bobas. Admito que senti vergonha alheia de algumas frases da tão temida Amarantha.

Preciso, é claro, falar de Rhysand. É muito inacreditável como o personagem que aparece no primeiro livro é completamente oposto ao que surge em Corte de Névoa e Fúria. A sensação que eu tenho é que, de fato, é outro personagem. Enquanto senti nojo do primeiro Rhys e de todos os abusos que ele pratica com Feyre - sob a justificativa de proteger o povo dele e a ela mesma -, o que se mostra no segundo volume é o verdadeiro sonho da maioria das leitoras. O desenvolvimento do personagem é impressionante e por vezes soa perfeito demais, com ideais à prova de erros e com um altruísmo que me fez questionar muito sobre seus reais motivos que, por fim, não tinham uma segunda camada. Fiquei um pouco incomodada com a maneira que se desconstrói a imagem que criamos de Tamlim no primeiro livro. O próprio também parece ser substituído por outro personagem, cheio de uma soberba e um orgulho desagradável que eu honestamente não havia notado antes.

A grande ameaça da sequência deveria ser o Rei de Hybern, porém, só sinto essa ameaça se solidificar no terceiro, uma vez que é o fantasma de Amarantha que segue sendo o grande terror a assombrar os protagonistas. Inclusive, esse pavor que sentem da vilã derrotada e das coisas que ela fez me soou muito mais interessante do que sua performance Sob a Montanha. Feyre mergulha em um processo depressivo que foi muito bem trabalhado pela autora sem precisar dar nomes ao que ela estava passando.

Chegamos a Corte de Asas e Ruína e, finalmente, vislumbramos a guerra de fato. Apesar de haver ação nos livros anteriores, principalmente em Corte de Névoa e Fúria, todos os acontecimentos encaminham a narrativa para este momento. Temos os acréscimos de Elain e Nestha à narrativa após serem jogadas no caldeirão, resultado da traição de Tamlim. A segunda ganha um espaço enorme nos acontecimentos. Elain, entretanto, fica meio apagadinha e o dom que ela demonstra, no início, acaba se perdendo do meio para o final. (Se alguém conseguiu entender a relevância de estabelecer laço de parceria entre ela e Lucien, me explique, porque me pareceu ser só uma maneira de justificar que ele deixasse a corte primaveril.) Muitas criaturas e personagens diversos também vão sendo acrescentados ao longo das 1.778 páginas. Fiquei intrigada sobre Amren, O entalhador de ossos, Bryaxis e, principalemente, A tecelã. Sarah tem, de fato, um talento para a construção mitológica a compor o mundo que cria.

Não vou estender os detalhes sobre a história, acho que cada um precisa ver por si. Pessoalmente, foi uma leitura empolgante, apesar dos pontos que considerei críticos. Achei que a autora dá uma forçada para que as coisas deem certo e não aguento mais ver personagens serem ressuscitados, mas, de modo geral, foi divertido (desde que eu ignore a existência do livro I).


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

10 Perguntas Literárias

 

Oi, pessoal!!! Como estão?

Vim trazer uma proposta diferente de post hoje, já fiz no Instagram, mas é a primeira vez que trago esse formato pra cá. 

Vou responder a Tag Literária que eu vi lá no Blog A Menina da Janela. Bora??

- 10 Perguntas Literárias -


01. Qual a capa mais bonita da sua estante?

Difícil escolher uma só, mas sou particularmente apaixonada na de Em Algum Lugar nas Estrelas.



02. Se pudesse trazer um personagem para a vida real, qual seria?

Aslam, de As Crônicas de Nárnia. Inexplicável o calor no coração que sinto toda vez que ele aparece em meio às histórias.

03. Se pudesse entrevistar um autor, qual seria?

Rick Riordan! Além de ser meu autor favorito, tem um humor excelente e vem se dedicando a trazer representatividade para suas obras.



04. Um livro que não lerás de novo? Por quê?

O Segredo. É aquele tipo de livro que desenha uma meritocracia que não existe na nossa sociedade. Coloca todas as coisas que acontecem na nossa vida como responsabilidade nossa, mesmo aquelas que não temos nenhum controle, com um discurso de que o pensamento atrai. Péssimo livro pra quem tem problemas de ansiedade.

05. Uma história confusa.

Não consigo me lembrar de nenhuma assim de cara, mas talvez possa dizer Stepsister. Há muita história pra contar e às vezes eu ficava perdida entre os plots e quem eram os personagens que iam aparecendo do nada.

06. Um casal.

Leon e Tiffy de Teto para Dois



07. Dois vilões. (Que você gostou ou não)

Maven, da série A Rainha Vermelha, porque ele é bem mais complexo do que demonstra e suas atitudes não são inteiramente suas e Roman, da série Os Imortais. A protagonista me fazia torcer por ele com as decisões péssimas que tomava. 08. Um personagem que matarias.

08. Um personagem que matarias:

Nero, da série As Provações de Apolo. Serzinho desprezível...

09. Se pudesse viver num livro, qual seria?

Harry Potter? Sei lá, adoraria usar magia, mas com a minha sorte, eu ia nascer trouxa.

10. Qual teu maior e menor livro? (Em número de páginas)

Maior: Torre Negra (VII) - 872 páginas

Menor: Sonhos de uma Noite de Verão - 88 páginas


E aí, discordou de alguma resposta? Concordou? 
Me acompanhe no Instagram e receba conteúdo diário: @prateleirasdeaquarela.


sexta-feira, 22 de maio de 2020

Cinco livros em Cinco dias: é possível?

Essa semana decidi reativar e atualizar o meu perfil no Skoob e percebi duas coisas: 

1º: Eu cheguei a ler 150 livros em um ano; 

2º: Nas férias eu costumava ler um livro por dia; 

Pensando nessas duas coisas e na dificuldade que eu tenho encontrado em retomar o meu hábito de leitura depois da faculdade (que foi o que mais me afastou dos livros), decidi me desafiar a ler 5 livros em cinco dias e, sim, foi possível! Estou muito feliz de ter descoberto, hoje, que já sinto falta da leitura quando demoro muito a pegar uma nova obra e que o meu tempo lendo foi muito mais produtivo e satisfatório do que as horas que eu vinha passando nas mídias sociais. Sem mais delongas, vamos aos livros: 

TODOS NÓS VEMOS ESTRELAS: Trombei com esse livro no Amazon Prime de maneira completamente aleatória e decidi dar uma chance. A narrativa é sobre uma garota reclusa no mundo dos livros que acaba vivenciando diversas situações ao lado do personagem do seu livro favorito. Fiquei um pouco decepcionada com a leitura porque o livro tem um grande potencial que não é muito aproveitado. As referências às sagas famosas são um ponto alto.

 

VERITY: Já saiu resenha no Blog sobre a obra de Collen Hoover e devo dizer que Verity foi uma das melhores leituras dessa semana. Me senti eletrizada o tempo todo acompanhando a trajetória de Lawer enquanto ela descobria os segredos em torno de Jeremy, sua esposa e as misteriosas perdas pelas quais passaram


EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS: Esse foi o livro mais lindo que tive o prazer de ler nesse desafio. É Encantador observar o desenrolar da amizade dos meninos Jack e Early e perceber as nuances da personalidade de Early e o que elas significam. Além de ser uma aventura (meu gênero preferido), o trabalho da Editora Darkside foi incrível, tornando o livro uma verdadeira obra de arte.


OS 12 SIGNOS DE VALENTINA: Divertido, Clichê, Leve. Esse livro foi a melhor escolha possível para uma quinta feira em que eu já estava um pouco cansada de tanta leitura (to desenferrujando). A autora traz uma narrativa agradável e o desenrolar de um romance que acaba se mostrando bastante maduro. De maneira sutil, insere algumas reflexões importantes para os dias atuais e isso não tira a leveza do livro em momento algum. 


TUDO E TODAS AS COISAS: Esse é um livro que me impressiona pela maturidade da personagem principal em aceitar as limitações que a sua doença a impõe. Claro que o romance com Olly é a coisa mais doce que se poderia esperar do primeiro amor de uma garota que nem mesmo tem contato com o mundo externo à sua bolha, mas o final me arrasa. Teria sido mais emocionante se eu não tivesse visto o filme antes, mas ainda assim, uma leitura maravilhosa para fechar uma semana tão cheia. 


E aí, topa o desafio? 
Um beijo e até semana que vem!

P.S.: Segue a gente no Instagram e acompanhe todas as novidades do mundo literário: instagram.com/prateleirasdeaquarela/