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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

VOCÊ SABIA? AS CRÔNICAS DE NÁRNIA



Desde criança eu sou apaixonada pelo universo de Nárnia. Acho que o que me ganhou foi o visual maravilhoso dos filmes e, obviamente, todo o contexto de magia. Um pouco mais velha, adentrei na literatura de C.S Lewis, esse mundo fantástico me acompanhou até a faculdade e agora, no momento em que eu começo a me aventurar na minha própria escrita. Dito isso, imagina a minha surpresa ao descobrir, fuçando no youtube, uma versão de O Leão, A Feiticeira e o Guarda-roupa lançada em 1988?


A versão foi produzida pela BBC e apresenta uma adaptação bastante fiel ao descrito pelo autor no primeiro volume da série de livros. Em formato de série, acompanhamos o descobrimento da terra de Nárnia pelos irmãos Pevensie. 

Apesar de ter me incomodado com algumas questões de caracterização e de que a narrativa ficava um tanto arrastada mostrando momentos de refeições e diálogos dispensáveis que não funcionam muito bem na versão televisionada, preciso considerar que foi uma adaptação realizada para um público completamente diferente do atual e sem a disposição de efeitos audiovisuais que temos hoje em dia (apesar dos castores em tamanho humano serem imperdoáveis haha).

É incrível como eu consegui me sentir nostálgica assistindo ao compilado de episódios, como se estivesse de volta a uma Nárnia que, na realidade, nunca vi. Talvez se deva ao fato de que muitos elementos visuais da adaptação recente estão também presentes na antiga.


Descobri com um pouco de Google que a BBC adaptou  O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian, A Viagem do Peregrino da Alvorada e A Cadeira de Prata, chegando a vencer um prêmio Emmy por programa infantil. Você pode conferir o primeiro no Youtube.



Além da de 1988, outras versões foram produzidas em 1967 e 1979, tendo, ainda, a obra sido levada para o rádio e também para o teatro. Mesmo com tantas adaptações diferentes, a série de Lewis nunca conseguiu consolidar uma sequência de seus sete livros. Nos resta esperar que a Netflix consiga, finalmente, nos presentear com a magia completa de Lewis na telinha. 

"Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um Narniano, mesmo que Nárnia não exista."

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Impressões iniciais de "I'm not okay with this"

O que esperar da nova série da Netflix? 

       Depois de concluir The Good Place me senti muito órfã de uma série que apresentasse um formato tão agradável de ser assistida. I'm Not Okay With This não preenche completamente esse espaço, pois traz um drama muito maior do que o que vemos em The Good Place (que tem um tom mais leve e divertido nas primeiras temporadas). Entretanto, posso afirmar que a nova produção do streaming tem lá o seu magnetismo. Preciso admitir que tenho certa satisfação em assistir séries com episódios curtos - algo que vem da minha adolescência em que assistia temporadas completas de animes em um final de semana. I'm Not Okay With This traz episódios com cerca de 20 minutos e consegue desenvolver as questões dos episódios sem torná-lo cansativo e sem correr com os acontecimentos. A série é baseada na Graphic Novel de Charles Forsman e sua adaptação para roteiro é feita por Jonathan Entwistle, já conhecido pelo o público da Netflix a partir de The End of The F***ing World.

            

       A trama gira em torno de Sydney Novak - descrita por si mesma como uma "garota branca sem graça de 17 anos" - que tem problemas em controlar e até mesmo compreender sua personalidade e sentimentos. A história se desenvolve em um período posterior ao suicídio de seu pai e é perceptível desde o início o quanto essa perda a afetou. A relação de Sydney com a mãe não é boa, resultando em cenas de ataques verbais mútuos que mostram o quanto as duas se sentem distantes em relação à outra. Em contrapartida, a relação com o irmão mais novo é fofa, mostrando companheirismo e aquela proteção que muitas vezes faz falta quando se retrata adolescentes com irmãos. A melhor amiga de Sydney é Dina, uma garota relativamente popular e é a pessoa mais próxima da protagonista no início da série. no entanto, as coisas mudam quando ela começa um relacionamento com Brad Lewis que, apesar da popularidade, é visto por Sydney como só mais um babaca. O afastamento de Dina leva Sydney a se aproximar de Stanley Barber: um cara meio esquisito que não tem vergonha de ser ele mesmo, marcando presença nos episódios decorrentes. 
     Os episódios iniciais mostram o desenrolar das relações de Sydney e suas descobertas em torno de suas emoções e sexualidade, não muito diferente de séries como Sex Education ou a própria The End of The F***ing World ou . Entretanto, Syd começa a perceber coisas estranhas acontecendo ao seu redor e a se perguntar se ela estaria causando-as. É interessante observar o crescer das manifestações de poder à medida em que as emoções da personagem vão ficando mais intensas e descontroladas. 
       Repleta de referências, que vão desde Carrie: A Estranha a Stranger Things, I'm Not Okay With This é uma série confortável de assistir com seus 7 episódios curtos. Talvez falte um pouco de ousadia, - uma vez que a história é contada de maneira bem simples - contudo, a série deixa espaço para um futuro desenvolvimento em que explore as complexidades dos sentimentos e situações que os personagens vivenciam. Por enquanto, resta esperarmos por uma renovação. Assista ao trailer:














**Todos os direitos reservados à Netflix.